quarta-feira, 30 de setembro de 2009

2/3

São dois de três. Sem voz, sem fome, sem som. São dois terços ouvindo sons desafinados, reproduzindo barulhos desgraçados. Dois de três que não sorriem o sorriso falso das meninas querendo um namorado, nem se importam com a tabela dos jogos de futebol ou a crise financeira. São 2/3, que são apenas números, estatísticas, fórmulas, porcentagens. Aqueles dois, que, junto da estatística caminham de mãos dadas com o um que desperdiça as chances de sorrir; que não se importam com os pés esbarrando em mãos pedintes. São aqueles dois, que, por um descaso, por um fracasso do destino, não fazem parte da outra fração, do outro lado. Que não são um terço (e - me perdoe a comparação - nem o rezam mais, por sinal), que não são privilegiados. São DOIS - malditos - TERÇOS, que, apesar de serem maioria, são a minoria, a minoria absoluta.

domingo, 27 de setembro de 2009

A felicidade

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranqüila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor

A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
Pra tudo se acabar na quarta-feira

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar

A minha felicidade está sonhando
Nos olhos da minha namorada
É como esta noite, passando, passando
Em busca da madrugada
Falem baixo, por favor
Pra que ela acorde alegre com o dia
Oferecendo beijos de amor

Vinícius de Moraes, não mais "o poetinha"; pra mim nunca fora.

domingo, 20 de setembro de 2009

O que é o maldito vestibular?
Uma prova. Noventa questões. Que decidem alguns anos da sua vida, e só. E o que eu sou? Porque pra mim isso é tão importante?
Carregar nas costas o peso de passar na frente de milhares de pessoas. Me obrigar a ser melhor. Por que pra mim isso é importante?
E saber fazer algumas contas, decorar algumas fórmulas. Será que isso é importante?
Ah!, o vestibular, mas que coisa maldita e sem importância. Chorar não vai resolver nada. E nem ter alguém pra me dar beijinhos e abracinhos. O vestibular é só uma droga de prova. E eu não preciso provar nada pra ninguém, não mais!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

De pessoa à Pessoa.

Todos eles se encontraram. Todos os meus amigos, conhecidos e conhecidos dos meus amigos. O tempo os encontrou - ou eles encontraram o tempo - e com o tempo, se encontraram. Eu não, eu me perdi mais. Perdi esperanças em uma pessoa em especial. Um professor, com um ótimo sorriso e conhecimento excepcional. Um professor, de nome russo, e com uma letra infantil, quase bizarra. Foi estranho pensar no professor como ditador. Foi difícil vê-lo como jovem desacreditado no governo, como nacionalista xiita. E, com o tempo, ele se encontrou também. É evidente que, se for pra me encontrar nesse caminho eu prefiro ficar perdida, pela eternidade! Mas, um ideal seria o suficiente pra mim.
Com esses anos, todos se encontraram, todos e ninguém. E eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas, eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

domingo, 13 de setembro de 2009

Love me tender?

Eu te amo e sempre te amarei? Besteira, mentira, E QUE DROGA HUH? QUE DROGA.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Recordar é... viver?

Eu deveria estar estudando. O ENEM se aproxima, a FUVEST, tudo. O meu futuro, quem sabe? E eu fico aqui, lendo antigos depoimentos que eu copiei cuidadosamente antes de apagar tudo. Enfim, e hoje eu te desculpo por ser um idiota, meu caro. Pedido feito há dois anos, mas hoje eu aceito as desculpas! Porque hoje eu entendo que a sua idiotice era uma condição pro meu amor...