quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

I n t e r l u d e F C

Bom, é difícil falar de cada um separadamente, porque pra mim, nós, os nove, somos um só. Um só com braços, pernas, olhos e sorrisos diferentes, mas somos um só. Um ser bizarro, é claro, mas um ser respeitável, um ser com membros que se respeitam, e, antes de tudo se amam. Ao menos da minha parte, eu amo todos os membros, de uma forma muito única. Porque eu nunca senti isso por um grupo de amigos, nunca senti por pessoas tão distantes e tão próximas...Bom, falar de Interlude é falar de alegria, de coisas boas...



E nada melhor do que descrever os individuos pra saber o porque Interlude, pra mim, é sinonimo de felicidade.


Começando dos meninos... Em ordem alfabética...





Buchecha, não dava um puto por ele, a princípio... Na realidade, no comecinho, eu sempre defendia ele: "não deve ser um menino chato, só incompreendido.", depois de um tempo não sabia se achava isso, realmente, talvez ele fosse realmente um cara chato, insuportável... Mas hoje eu sei que não, hoje eu sei que por trás dessas bochechas rosadas e desses olhos claros tem um homem, um menino diferente, especial... Longe de ser chato, MUITO longe... É um cara criativo, engraçado, comunicativo, e, sim, às vezes extremamente metido e turrão...




Bom, meu português não tá muito bom, mas agora deve vir o Vinícius... Em relação a ele nunca me enganei... Ótima pessoa, ótimo ouvido, ótimo conselheiro... Desde os primeiros dias de aula sabia que podia confiar nele, porque bem no comecinho logo mandei uma pergunta idiota, sem me preocupar se ele não gostaria de mim, porque sabia que ele veria além (haha): "O que? Feijão?", e foi lá que tudo começou! Sim, eu, ele, Bamboocha, e uma nova amizade, tão forte quanto ele.. MENTIRA, tão forte quanto um cara muito forte, porque eu sei que é... E, bom, o rosa é bonito, sim.



V... W... Y... quase todos os meninos tão lá no fim da lista de chamada, embolados, fica tão difícil saber a ordem... Mas, depois de muito pensar sei que vem o Bolinha, que como piadista é um ótimo técnico em mecatrônica... O Bolinha que me ouviu DEMAIS, já, e já me fez ouvir muito, e dar muitos conselhos que hoje já não fazem mais sentido algum - graças a Deus... Pro Bolinha também não dava um puto, a princípio... Onde já se viu ter bochechas daquele tamanho e ser chamado de bolinha? Ou jogar com uma bermuda sagrada e uma camiseta horrível? Ou mudar de time assim, do nada, por nada? Mas com o tempo eu percebi que não tem como viver sem... Não tem como viver sem as besteiras que fala, ou sem as risadas escandalosas...



Winicius... Bom, mesmo tendo poucas conversas, a princípio, sei que com ele tenho história haha. Que besteiras conversávamos a princípio, não? Você ainda não voou de skate pra eu ver, meu caro camarada... Mas, sabe, eu acho que tudo o que eu queria, desde o começo, era ser sua amiga, queria me aproximar de qualquer forma, e acho que hoje consegui, não? Consegui uma duzia - ou mais - de abraços confortantes, de conselhos, de Winicius... É, conheci você algumas vezes, de diferentes formas, e sei que gosto de você de quase todas as maneiras, meu caro!



Chega a hora do músico, do cara que aparece na escola tanto quanto o Vini ou a Simone... Chega a hora do último da chamada (ou quase, quando pessoas não chegam fora da hora, né Graze?). Chega a hora do músico, do cantor, do piadista... A gente viveu muita coisa juntos, em três anos, não? Dentro da ETE, alí, a gente já falou MUITA besteira, já criou muitas formas de rir, já fundou milhares de teses que se anulam facilmente... Já fomos parte da Gang, e do Interlude, e de qualquer forma, Yuri, eu dançaria com você todos os dias, de todas as formas (ou quase...)


Agora as meninas... Elas pra depois porque imaginei que fosse me emocionar ao falar das três pessoas mais importantes naquela escola, que estão entre as mais importantes fora dela, também... Não que os meninos não sejam, mas eles - infelizmente - não passaram tanto tempo comigo quanto essas três...




A menina mais popular que já conheci! Sim, senhora Graziele Pozzi, a menina mais popular. E não é difícil saber o porquê... Uma pessoa tão sorridente, tão constantemente feliz, tão comunicativa e - se o bolinha me permite - tão visivelmente agradável (sim, bonita). Uma menina que se traduz tão bem por fora... Porque sim, você aparenta ser o que você é... Feliz, bonita (por dentro, sim), esperta, ativa, carinhosa, mãezona... Sabe, mulher, eu ficaria horas naquela tarde em que veio aqui, e comemos chocolate quente, e pulamos do sofá por horas pra tirar uma boa foto... Pois é, você é uma ótima companheira, querida!



Maria Clara Andrade da Luz... Já disse milhares de vezes como seu nome me parece apropriado, não? Um sorriso seu - de dentes grandes - já me ilumina o dia... Sabe, às vezes eu amo MUITO o Orkut, muito por sua causa... Imagina se não fosse a comunidade, o lance do 1ºA, a foto do X-Japan... Imagina se a minha curiosidade não fosse muito grande? Imagina se a Izilda não tivesse feito aquele lance no primeiro dia? Como seria hoje? Será que você formaria uma gangue com a Cátia e com o Samuel, e juntos formariam a tchurma do troleibus? Será que seria mais feliz? Posso garantir que eu não... Posso garantir que te conhecer bem me fez me conhecer mais, e que, como diria meu pai, e os chineses: "existem tempos bons e tempos de sair da crise"... Acho que estamos em tempo de sair da crise, não?! Você é uma ótima camarada, camarada!

A estrangeira... Na verdade é brasileiríssima! Eu sempre quis ser sua amiga, deve ser por isso que falava tudo o que não conseguia em sala por MSN... Pois é, sua paixão por cinema e pelo nosso Santos sempre me deixou intrigada, e apaixonada. Fizemos um mês do pior técnico juntas, e, de verdade, era legal só por estarmos juntas... Depois, decidimos fazer o curso de cinema, que foi muito bom, também... Sabe, trabalhar em conjunto com você sempre me fez muito bem, eu cresci muito com essa amizade! E, bom, você já fez tanta coisa comigo, e tanta coisa por mim, não? Digo, desde os jogos na Vila, as duas viagens, as poucas idas ao cinema, as noites de sono (ou quase isso) aqui em casa, e a ida a festa... Você sabe o quanto esse favor foi importante, né? Eu sei que você sabe que mudou meus dias, a partir de então... É Vic, acho que somos parecidas demais, e às vezes isso pode parecer ruim, mas não acredito que seja... Acho que isso nos aproxima, muitas vezes, não? De qualquer forma, você é uma ótima parceira, escritora.

Não foi tão difícil falar dos membros do meu ser quanto eu achei que fosse, na realidade foi fácil, porque foi só o que eu sinto, só o que eu vejo, só o que são, o que somos... É como se agora, com o fim do ano, uma etapa de minha vida me desse tchau, mas, saindo da ETE, junto comigo estão vocês... E, por Deus, eu não quero perdê-los NUNCA, porque vocês me fazem um bem maior que o mundo! Que dure pra sempre, ou o mais próximo disso que der, porque por mim a eternidade parece linda se vocês estiverem junto!

E, eu amo vocês!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Adeus velho ano novo!

Às vezes eu leio o blog e sinto como se parecesse que eu gosto de sofrer... Bom, não gosto. Eu gosto dos dias assim, chuvosos e ainda assim brilhantes, gosto quando os dias amanhecem como ontem, quando os dias amanhecem não só o bastante, mas muito mais. Eu pareço gostar do drama, das lágrimas, mas tudo não passa de aparência... Gosto de dormir as 3:20 da manhã depois de um dia de companhia perfeita, e sabendo que ele tá logo ali em cima, tão perto - o que, na realidade quase me tira o sono. Pode parecer que eu gosto de choro, de problemas, mas eu prefiro os sorrisos, as soluções...
Eu prefiro saber que tá tudo bem, mesmo não estando TUDO bem... Porque sim, a saudade ainda mata, ainda fere... A saudade ainda tímida, ainda pouca; a saudade que ainda não é aparente, afinal, são só férias... Bom, eu não sei se vocês, meninas, ainda lêem o strawberry fields, mas se lerem, eu PRECISO que saibam que eu sinto muito a falta de vocês, que chega até a fazer mal, e que os abraços do último dia é o que me deixam confiante, porque neles eu senti que não tem como acabar, nada vai acabar!

E eu sei que 2009 ainda não acabou - talvez ainda não seja hora pra drama - mas logo acaba, e todos precisam saber que desde 007 eu sou uma pessoa melhor, e graças a vocês, irmãs.
Logo nos vemos, eu espero...
Que venha 2010 - e junto com a esperança, o medo.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

É o terceiro post no dia, em poucas horas...
Bom, eu não sei se ele ainda lê isso, mas não sei se vai fazer diferença, de qualquer forma...

Desde novembro minha vida é outra, desde antes de novembro eu vejo outros olhos... Olhos de outra forma, de outra cor... Vejo olhos castanhos, desde que acordo, até quando vou dormir. Na realidade é por esses olhos que sou apaixonada. São os olhos castanhos, as mãos, o sorriso, os dentes, o cabelo, é a voz, são as palavras... É todo o conjunto, o corpo, a mente, tudo me faz querer mais Rogério, e mais, e mais. E mais, e mais, e mais...

Já não sei dizer se ainda sei sentir. O meu coração já não me pertence, aá não quer mais me obedecer; parece agora estar tão cansado quanto eu. Até pensei que era mais por não saber que ainda sou capaz de acreditar. Me sinto tão só, e dizem que a solidão até que me cai bem. Às vezes faço planos, às vezes quero ir pra algum país distante, voltar a ser feliz.
Já não sei dizer o que aconteceu, se tudo que sonhei foi mesmo um sonho meu, se meu desejo então já se realizou. O que fazer depois? Pra onde é que eu vou? Eu vi você voltar pra mim. Eu vi você voltar pra mim. Eu vi você voltar pra mim...

Dessa vez parece definitivo...
É engraçado, o tal do fim...
Eu nem sei o que sentir, na verdade...
A raiva de mim, bom, isso eu sinto há tempos..
O vazio, quem sabe? A dor, a gastrite, qualquer coisa...
E os olhos castanhos não vão mais tocar os meus de novo...
É uma pena, uma grande pena...
Porque era não só o melhor beijo, o melhor abraço, as melhores mãos; era a melhor voz, as melhores palavras, os melhores sorrisos, as melhores piadas...

É agora que eu não sinto nada, não quero nada, e não vejo nada.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Sabe, depois da queda não veio o coice, dessa vez.
Ontem foi "um dia perfeito", porque já dizia Renatão, "as pequenas coisas que valem mais".
E, bom, hoje eu acordei bem, até!
Na verdade eu acordei MUITO bem...
Depois do café o interfone toca... Eu, achando que era o cara da janela, arrumo o quarto correndo, e vou atender... Mas - que sorte! - o homem não estava interessado em arrumar a minha janela: "Luana? Entrega pra você!". E eu desci... E quando cheguei lá, bom, 12 rosas vermelhas e uma branca... *-* rosas!
Ok, sou uma menininha boba e apaixonada, quem liga? :D

domingo, 13 de dezembro de 2009

Vazia.
Não por inteirom porque não tem mais como.
Excluindo a mente me sinto vazia.
É - novamente - a gastrite. É também a falta de força, os braços e pernas tremendo, a cabeça explodindo o choro...
É a tal da tristeza, que não me visitava há tempos.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

É a gastrite, de novo. É a minha constante destruição...
Eu não sei mais como eu sou, de verdade.
Eu devo ser do tipo de pessoa que já me advertiram que eu era, e só agora eu sei...
Eu devo ser, sim, esse tipo horrível, quase monstruoso e desafetuoso...
Eu devo ser um poço, um poço gigantesco.. E vazio.
É a gastrite, e a música da Vic ao fundo...
São as palavras duras e frias, são as caras de desgosto...
Sim, sou eu.
Eu devo ser um constante problema.
Eu não sei me expressar, e isso vem desde meu início.
Bom, mas talvez eu realmente seja isso... Sim, ISSO...
Eu devo ser qualquer personagem efêmero, na vida de todos...
E talvez seja assim de novo, o que é doloroso demais, dessa vez.
Na verdade é tudo o que eu não queria ser, "mais um personagem efêmero".
Talvez seja só a gastrite, e a música do Buchecha.
Quem sabe seja drama, prefiro que o seja.
Porque, se dessa vez for de verdade, eu prefiro que não seja mais nada, nunca mais. Prefiro não ser.
Se for pra ser, que eu seja realmente efêmera, pra sempre.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Que droga. O cansaço, a saudade adiantada, a falta de resposta.
Bom, de qualquer forma que meu coração se afogue nele mesmo. Não que eu tenha cansado de amar, mas cansei de pensar o amor.
Se é assim mesmo, que assim seja.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

É isso que eu faço, eu erro o tempo todo. Erro por às vezes falar demais, e erro, quase sempre, por deixar de falar. Mas, de verdade, tudo o que eu NÃO queria era errar, principalmente com ele, o dono dos meus sorrisos mais sinceros.
Eu sempre ouvi que cobrava demais de mim, deve ser, mesmo, mas essa era a hora de me cobrar: “Vai, fala tudo o que você sente, agora, fala o quanto você quer ter as mãos nas suas, o quanto os olhos são importantes, o quanto os beijos te fazem bem, como as palavras te confortam, fala!”. Essa era a hora de me cobrar. Porque ele, ele devolveu a vida aos meus dias. Ele me fez ver como eu preciso do sorriso dele, das cores todas, dele, dele por inteiro... Porque sim, eu amo os detalhes, os defeitos, eu amo tudo nele, sem excessão...
E é não só doloroso, mas absurdamente mortal ouví-lo com a voz fraca, com a falta de voz comigo... Afinal, tudo o que eu tenho a dizer tá em mim, desde muito tempo, só falta sair.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Quando eu e Beauvoir falamos a mesma língua.

"Nós não teremos de despertar porque não é um sonho; é uma história real e maravilhosa que apenas se inicia. Eu o sinto comigo e aonde eu for você irá, não apenas seu olhar, mas você inteiro. Eu o amo, e não há mais nada a acrescentar. "

quinta-feira, 5 de novembro de 2009


Escrever agora é mais difícil. Digo, escrever aqui. É muito mais fácil, e comodo escrever quando as coisas não estão bem, quando estão, bom, a necessidade de escrever foge um pouco, e eu prefiro passar duas horas ao telefone.

domingo, 1 de novembro de 2009

Das 9h às 9h, foi o que você disse, e eu ficaria muito mais.
Pra mim pareceu dar 9h às 9h01, na realidade. E eu queria dizer tanto, e a vergonha não deixa. De qualquer forma é tudo, a risada, os socos (háhaha), as palavras tortas, as cócegas, as mordidas. Tudo é ideal.
E eu não precisaria desse "mais um dia" pra sentir mais saudade, e enfim.
E eu não sei se 'você é meu', mas com o passar do tempo eu vou tendo a sensação de que eu sou sua, não fisicamente, mas os meus pensamentos são seus, os meus sonhos são seus.

E eu tô bem viadinha hoje :D

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Força.

Daonde vem essa força?
Não sei o que um telefonema pode mostrar, mas a minha voz enfraqueceu, e a dela não. É incrível como não caiu a ficha lá, e aqui ela meio que voltou. O que eu quero dizer é que ela tá lá, tão longe e tão forte. É como a avó, uma 'rocha'.
Mas enfim, é bom ver que o sorriso, mesmo que ainda curto e sem graça ainda existe. É muito bom saber que ela sabe que tava na hora de descansar, porque sofrer daquele jeito não dava mais. É incrívelmente bom saber que a menina gauche - com o perdão do trocadilho - é forte, é incrível, é minha eterna amiga.

E a minha força?
A minha voz forte, parcialmente gritada, pra onde foi? É muito interessante como os meus mínimos problemas me enfraquecem mais do que os grandes dela. Digo, é só uma paixão, que eu espero que não passe, mas que assusta, demais, e me faz fraquejar, me faz gaguejar. Hoje, por exemplo, enquanto o bolinha me mostra como eu 'estraguei tudo', a voz, sem falar, se tornava morta, sumia aos poucos.

É a força, e a falta dela.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Falta certeza.
Mas quando, quando eu tive certeza? Quando a razão foi mais forte que a emoção?
Talvez não seja pra ser, talvez eu interprete muito mal. Mas hoje, depois de tempos, a palavra amor não tem olhos azuis e sorriso já antigo. E quem se importa? A feição de amor, hoje, não dá a mínima. Ou só não demonstra, eu espero.
De qualquer forma essas paixões que me fazem bem mesmo me fazendo mal ainda não me cansaram, não me enjoaram, porque eu sei que de qualquer forma é disso que eu preciso. Não meramente me apaixonar. Mas realmente me apaixonar. Não só por ele, nem pela banda, pelos amigos ou família. Por mim, pelo tempo, pelo sol, por tudo.

E, eu continuo a perguntar, e agora?

(OMG o Leon lê)

E agora?

Foi o pior telefonema em anos. A voz fraca de uma velha amiga enfraquecia a minha. "Você ficou sabendo?" e eu já esperava o pior. Fa-le-cer, que palavra dolorosa, que erro da juventude. E, ao passo que a conversa se estendia, minha voz se enfraquecia, e o "sinto muito" que eu guardava por alguns dias precisava se soltar, mas não agora. No lugar das duas palavras presas outras tantas "Mas quando? Aonde? E ela?". Agora as lágrimas escorriam. Aos poucos, uma de cada vez, num revezamento quase perfeito, o direito, depois (ironicamente) o esquerdo; o segundo pedia mais atenção. Tudo o que eu queria era desligar o telefone, desligar o telefone e correr pro colo da minha mãe, como uma criança que acaba de ser rejeitada. E foi o que eu fiz.
As palavras não saiam da boca por inteiro. Como? E agora? Todas se picavam, talvez para eu não me entender, não lembrar. "A mãe da Stê..." e ela já tinha entendido. Num abraço as lágrimas escorreram com mais pressa, mas ela ainda esperava o resto, pacientemente. "A mãe da Stê morreu, hoje de manhã". Eu não conseguia mais segurar, as lágrimas obedientes e ordeiras eram agora lágrimas aflitas, o olho esquerdo não esperava mais o direito para desaguar. Eram agora os dois, me afogando, com pressa.
Como eu podia ter passado um dia tão bom enquanto ela chorava? Como eu podia comemorar enquanto ela perdia? Ela, minha amiga de alguns anos, que via assombrações pra assustar uma jovem classe. Ela, que alugava vídeos pra serem assistidos em casa, que comprava pizza e suco de mamão. Como eu pude não estar lá? Como eu pude não torcer pro Corinthians dela, ontem?
"Eu preciso tomar um banho", foi o que eu consegui dizer, depois de ficar alguns minutos naquele colo, ora pensando, ora fitando qualquer ponto tentando parar de chorar.
Foi no banheiro que me afoguei. As lágrimas, agora maldosas, pareciam querer competir com a água do chuveiro. Ver quem caia mais rápido, e em maior quantidade. Minhas ações pareciam desesperadas, a vontade de quebrar todo aquele vidro, todo o banheiro sumiu rápido, antes que eu pudesse agir. E agora?
O fim do banho me fez melhor. Se eu enfraquecesse, eu podia enfraquecê-la, e eu não podia. Não podia enfraquecer a mulher que foi comigo ao albergue, e prometeu furar a orelha de uma mocinha, não podia enfraquecer a menina que ouviu Forfun comigo na praia, e fez pesquisa nas barracas da feirinha, não podia, nem queria.
E agora? Não é só uma vida, é a mãe, a esposa, a nova avó, a filha, a amiga, a cabeleireira. Não era só uma mulher. Era a mulher.
E agora? O sorriso farto entre as bochechas muito grandes. Os olhos brilhando ao falar de um vampiro. E agora?
Pensar em qualquer outra coisa (física, xenofobia, química) se tornou difícil. Eu só queria responder pra mim mesma, e agora?

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

É (para) o Gelado.

Sabe, meu caro amigo? Vivemos demais sem viver nada. Compartilhamos momentos, respiramos os mesmos sonhos, dividimos segredos e opiniões. Eu sei que hoje, com seu corpo distante e pensamentos maduros, tudo é diferente. Parece que encaramo a vida de forma mais séria, menos leve.
É como se tivesse chegado a hora de realizar nossos planos. Como se o Cristo, logo após as escadarias, estivesse agora abrindo os braços para nossas vontades. E, acredite, meu querido, o que planejamos ficou guardado, e, quando disse a você que faria de tudo para que fosse tudo bem para nós, para o mundo, não o fiz a toa, o disse porque pretendia fazê-lo.
É, meu caro amigo, vivemos longe, em diferentes estados, diferentes situações, mas quando sinto sua voz, me ouço ao teu lado, e o que era confuso se transforma em sorriso, o que era lágrima não mais chove, escorre.
É, meu caro, tudo vai melhorar, mesmo quando Lucy te disser Adeus, e você responder Olá!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Quando o dia parece ruim demais, uma voz surge para melhorá-lo.
Eu gosto da proximidade da respiração, do carinho, do abraço, do beijo. Mas é tão bom saber que uma voz ao longe se preocupa; que essa voz não tão distante, e que zomba de mim como se fosse natural, atenderá o celular logo que tocar... É interessante como a voz pode parecer com uma mão, dona das carícias; ou com um par de braços, possuidores de abraços.
Enquanto eu 'ando a flor da pele' por besteiras, eu ouço a voz, eu vejo os olhos e os dentes, e eu os decoro, cada dia um pedaço - pra não perder a graça.
E que minha racionalidade me chame de nomes ruins, eu sou, talvez, capaz de gostar de novo.

domingo, 11 de outubro de 2009

Adeus.

Essa é a pior hora do dia, o começo da noite.
É quando eu penso, e pensar anda me matando... Pensar, e acreditar nos pensamentos, nas suposições. Quando eu pensei ajudar, maltratei, ma(ltra)tei. Quando achei que "gostar" fosse a resposta, errei o nome, a palavra, de propósito, e a resposta era um adeus. Adeus, essa palavra se repetiu muito ontem, pra mim. Não verbalmente, não ouvi nenhum adeus, todos foram sem se importar com o que eu acharia, com o que eu sentiria... Simplesmente foram. Mas eu disse adeus, em minha cabeça cheia, eu disse adeus, com todas as malditas letras.
Um trem indo pra longe, um ser voando pra mais alto do que qualquer outro poderia. Adeus. Falta de cuidados, brincadeiras sem hora. Adeus. Começar a gostar, começar a gostar. Adeus.
Essa é a pior hora do dia quando não tenho que cuidar de ninguém, nem ligar para ninguém, e o pior, quando não tenho que pensar em mais ninguém, além de mim. Sete horas, essa é a pior hora do dia, e que dia.

sábado, 10 de outubro de 2009

Que dia bizarro! Foi como uma das minhas redações... Uma tese absurdamente ruim, uma argumentação que eu considero boa demais, e uma conclusão fraca, desapontadora!

Mas se é assim mesmo, que assim seja!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

dores são incapazes.

Eu queria dizer sentimentos, não palavras. As palavras têm tantas interpretações, e eu cometo tantas falhas. Dizer sentimentos não seria vomitá-los, com fúria ou pressa, seria sentí-los, aos poucos, e simplesmente dizê-los.
Queria também olhar pra o lugar certo, o tempo todo. Me virar e pular aquilo que não queria, ou devia, ver.
Hoje não foi um dia ruim, nem ontem. Foram dias comuns, o que me consome mais. Com os dias comuns eu aprendo pouco, e sorrio pouco. E pra que, PRA QUE, servem os dias comuns?
De qualquer forma, já não é mais o olhar, o sorriso que prende meus pensamentos... Os olhos, os dentes continuam lá, decorados, mas o que ocupa a minha mente, agora, é a voz, a manha, os elogios, e os novos olhos, e novos sorrisos. Porque não existe "a outra metade da laranja" existe uma pessoa pra melhorar os dias... E as lembranças dele melhoravam, agora, a melodia melhora mais.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

all my loving.

São todos os azuis, verdes, todas as tonalidades, reuindas alí, logo acima do nariz de imperador (fato engraçado pra quem tem o nome de um). São os dentes, alguns muito brancos, outros já amarelados, com caninos grandes e realmente pontudos, como os de um vampiro, e aqueles dois da frente mais arredondados, se combinando tanto, em tamanha harmonia, que um sorriso logo se transforma em um sonho. É todo o passado, os fatos, as fotos, aquilo que passou e resiste ao tempo, aos poucos sorrisos, às poucas palavras, aos novos amores, à nova carapaça. E hoje, pensar nos próximos anos sem esses oceanos, sem esses diamantes, sem essa canção, não parece mais inviável - tornou-se impossível. Foram nove bons anos para mim, e que ele, agora, tenha muito mais do que esses dois anos para ele, porque nos meus nove eu o vi, ouvi, senti, sonhei, decorei, nos meus nove anos, eu o amei.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

de repente, não mais que de repente.

Eu sei que vou te amar por toda a minha vida...
E eu não sei mais como, nem porque, mas a cada segundo todos os homens, todos os outros, todos, parecem nada, se reduzem a nada. Porque era aquele homem, ou meio homem que era ele.
E de repente do riso fez-se o pranto...
E hoje, o meio homem, que era o dono dos meus sonhos, é mais um.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Gadú.

Pior que o melhor de dois
Melhor do que sofrer depois
Se é isso que me tem o certo
A moça de sorriso aberto
Ingênua de vestido assusta
Afasta-me do ego imposto
Ouvinte claro, brilho no rosto
Abandonada por falta de gosto

Agora sei não mais reclama
Pois dores são incapazes
E pobres desses rapazes
Que tentam lhe fazer feliz

Escolha feita, inconsciente
De coração não mais roubado

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

2/3

São dois de três. Sem voz, sem fome, sem som. São dois terços ouvindo sons desafinados, reproduzindo barulhos desgraçados. Dois de três que não sorriem o sorriso falso das meninas querendo um namorado, nem se importam com a tabela dos jogos de futebol ou a crise financeira. São 2/3, que são apenas números, estatísticas, fórmulas, porcentagens. Aqueles dois, que, junto da estatística caminham de mãos dadas com o um que desperdiça as chances de sorrir; que não se importam com os pés esbarrando em mãos pedintes. São aqueles dois, que, por um descaso, por um fracasso do destino, não fazem parte da outra fração, do outro lado. Que não são um terço (e - me perdoe a comparação - nem o rezam mais, por sinal), que não são privilegiados. São DOIS - malditos - TERÇOS, que, apesar de serem maioria, são a minoria, a minoria absoluta.

domingo, 27 de setembro de 2009

A felicidade

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranqüila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor

A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
Pra tudo se acabar na quarta-feira

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar

A minha felicidade está sonhando
Nos olhos da minha namorada
É como esta noite, passando, passando
Em busca da madrugada
Falem baixo, por favor
Pra que ela acorde alegre com o dia
Oferecendo beijos de amor

Vinícius de Moraes, não mais "o poetinha"; pra mim nunca fora.

domingo, 20 de setembro de 2009

O que é o maldito vestibular?
Uma prova. Noventa questões. Que decidem alguns anos da sua vida, e só. E o que eu sou? Porque pra mim isso é tão importante?
Carregar nas costas o peso de passar na frente de milhares de pessoas. Me obrigar a ser melhor. Por que pra mim isso é importante?
E saber fazer algumas contas, decorar algumas fórmulas. Será que isso é importante?
Ah!, o vestibular, mas que coisa maldita e sem importância. Chorar não vai resolver nada. E nem ter alguém pra me dar beijinhos e abracinhos. O vestibular é só uma droga de prova. E eu não preciso provar nada pra ninguém, não mais!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

De pessoa à Pessoa.

Todos eles se encontraram. Todos os meus amigos, conhecidos e conhecidos dos meus amigos. O tempo os encontrou - ou eles encontraram o tempo - e com o tempo, se encontraram. Eu não, eu me perdi mais. Perdi esperanças em uma pessoa em especial. Um professor, com um ótimo sorriso e conhecimento excepcional. Um professor, de nome russo, e com uma letra infantil, quase bizarra. Foi estranho pensar no professor como ditador. Foi difícil vê-lo como jovem desacreditado no governo, como nacionalista xiita. E, com o tempo, ele se encontrou também. É evidente que, se for pra me encontrar nesse caminho eu prefiro ficar perdida, pela eternidade! Mas, um ideal seria o suficiente pra mim.
Com esses anos, todos se encontraram, todos e ninguém. E eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas, eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

domingo, 13 de setembro de 2009

Love me tender?

Eu te amo e sempre te amarei? Besteira, mentira, E QUE DROGA HUH? QUE DROGA.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Recordar é... viver?

Eu deveria estar estudando. O ENEM se aproxima, a FUVEST, tudo. O meu futuro, quem sabe? E eu fico aqui, lendo antigos depoimentos que eu copiei cuidadosamente antes de apagar tudo. Enfim, e hoje eu te desculpo por ser um idiota, meu caro. Pedido feito há dois anos, mas hoje eu aceito as desculpas! Porque hoje eu entendo que a sua idiotice era uma condição pro meu amor...

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

E é (só) isso. Uma pessoa, sem gênero, sem esperanças, sem um outro pra dividir bons momentos. E é (só) isso. Uma faculdade não escolhida, um futuro incerto, desejos reprimidos. E é só isso.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Fora Sarney! (?)

O vestibular me preocupava, o curso, as habilitações. Os números me confortavam, e a política me chamava. Conversar hoje com o meu pai sobre a câmara e o senado me fez um bem imenso!
Enfim, enquanto eu leio por aí que 'o nosso voto não tem força' eu percebo em mim, algo que me mostra que mais que ter a força, o meu voto é a força, é a mudança.
Enquanto muitos miram José Sarney, o crápula, em um manifesto nas ruas, e eu estudo, eu penso no meu poder, logo após o vestibular. Sim, depois do vestibular. Porque aí sim eu vou ser livre! Não dos estudos, isso eu não pretendo ser, jamais. Mas eu serei livre pra votar, ou ir às ruas, se quiser, enfim.
A verdade é que o político, a câmara, o senado, toda a cena política no Brasil é um reflexo do interesse político do povo! Enquanto os senadores chantageiam, os povo o faz, em uma mesma proporção. Enquanto, na câmara, os vereadores não votam em uma lei por não conseguirem o que querem, o povo aqui não faz o certo por não terem feito com eles. Enquanto em Brasília, tudo é uma questão de politicagem, e quase nada mais é ético, é o 'correto'... Bom, aqui o correto é 'vencer'. E por 'vencer' entende-se passar por cima de tudo e qualquer coisa pra consegui-lo!

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Nas férias forçadas..;

Bom, e é verdade o que eu e Clara conversamos ontem. É difícil escrever um texto quando coisas boas acontecem. Digo, o drama é mais bonito, haha. E eu pouco consigo escrever quando estou bem. Mas, vejamos. Apesar de não estar 100%, estou bem. Uma porcentagem alta, muito alta. E dessa vez não são paixões, nem estudos, sou só eu. Eu me sinto bem ao acordar de manhã, me sinto bem de pensar que ainda tenho dias pra aproveitar (férias forçadas) e me sinto bem em pensar que logo tudo volta ao normal, e eu vou reclamar, mas vou adorar! Me sinto bem em ler meu memorial descritivo, da Marjori, e de ver como eu cresci (ou não) ahaha.
É, hoje eu tô bem! Sem feminismos, sem pessimismos. Só eu, e a positividade! ae.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Maria Gadú.

Me mostre um caminho agora
Um jeito de estar sem você
O apego não quer ir embora
Diaxo, ele tem que querer

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Onipresença

Eles são a onisciência, são a onipotencia, e se pudessem, seriam a onipresença. Eles são a maioria, não a numérica, que nós tanto levamos em conta. A maioria absoluta. Eles são a decisão, são eles. Nós? Nós somos a ignorância, o segundo sexo, o sexo frágil. Nós somos a minoria, a submissão, o objeto. Nós não somos o cérebro, não somos a opinião. Somos o corpo, a opção. Eles? Eles são a racionalidade, a afeição, o paraíso. Nós? Somos o corpo, a carne, o inferno. E se eles pudessem, seriam a onipresença.

Soa muito feminista, talvez. Mas não é, é um apelo à igualdade, e não só a dos sexos, que é onde eu mais me foco, atualmente. A das classes sociais, das cores, das localizações, dos sons. À liberdade!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

everybody's changing

É engraçado como tudo muda. Não que seja bom, e nem ruim. É só... Engraçado.
Porque depois de anos de mesmice, de oito anos de 'a mesma coisa', em três, tudo muda. Mesmo o que não deveria, aparentemente. Os amigos mais próximos, se distanciam. Os desconhecidos, se tornam os melhores. Os mais distantes, fisicamente, se tornam distantes afetivamente. As confissões não são mais nada. As preocupações, ah, droga, as preocupações. Tinha me esquecido delas...
O que você vai ser quando você crescer? Nas fotografias o que você vai ver? e, droga, é isso. Eu quero me lembrar desse ano, e dos passados! Da falta de preocupação, de mil risadas atacadas, dos amigos, de primeira série ao terceiro ano. Quero me lembrar da minha família toda junta, falando de truco e futebol. Eu quero ver, em todos os álbuns, um sorriso. E quero lembrar, que qualquer dia desses, fui motivo de algum, mesmo não sendo. Quero parar de antecipar o sofrimento, carpe diem, ou qualquer bobagem dessas. Porque é, é o agora que é agora, e só.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Uma salada de sensações.

Pensar positivo. Foi o que eu aprendi com o tempo... Foi o que eu aprendi ontem, na verdade. "Sempre existe uma luz", e sempre que eu citei Renato Russo eu não pensei dessa forma. Mas é, a luz, pra mim, hoje, tá longe, físicamente, não temporalmente. Em partes, na verdade, porque o fim do vestibular/enem pode ser uma luz, também, uma luz considerável.
Eu ainda não sei se opto pelo jornalismo, pela matemática ou pela filosofia... Quem sabe pela engenharia? Ou talvez pedagogia? Háha. Eu descubro, eu descubro! E tem que ser logo, acho!
Mas enfim, assistir Harry Potter, hoje, e esperar os 4 livros que encomendei! Que maravilha. Háha, dia Potteristico! Que vício antigo... Eu lembro ainda quando eu brincava que era a Cho, ou a Gina, haha. Bons tempos aqueles... Bons tempos de Hoggy...

E a política, agora? Eu tô realmente perdida. Já não sei o que são laços partidários, o que é pura politicagem, não sei até onde abraçar um dos piores presidentes (se não o pior) da história é plausível, não sei de mais NADA. Nem sei mais se o Fora Sarney é digno... Acho que antes de mandar os caras embora as pessoas deveriam aprender a votar! Ficar falando mal é MUITO fácil, agir que é difícil. Ok, ele está no poder, tá tentando mudar, e a oposição tá atrás, querendo criticar os reflexos da administração passada... Que droga!
Mas vai melhorar... Ou não, essa juventude (incluindo eu) só quer saber de passar no vestibular e ser o melhor no Playstation haha.

domingo, 19 de julho de 2009

Olhos de ressaca.

Foi assim, como ver o mar, a primeira vez que os meus olhos se viram no seu olhar. Não tive a intenção de me apaixonar, mera distração e já era o momento de se gostar. Quando eu dei por mim, nem tentei fugir do visgo que me prendeu, dentro do seu olhar. Quando eu mergulhei no azul do mar, sabia que era amor que vinha pra ficar.

E não são só os olhos. São os cabelos, os dentes perfeitamente agrupados em um sorriso. O assunto. São os olhos de ressaca. O sorriso ingênuo, a minha ingenuidade.

Sobre Harry Potter: Ok, o filme não foi o melhor, mas eu gostei. Achei que fosse ser horrível, pelo que lí, mas não foi. Teve um exagerinho de comédia romântica, mas foi bonito, bem feito, MIL VEZES melhor que o quinto, e duas mil vezes pior que o segundo. Mas eu até que gostei, mesmo das péssimas atuações...

sábado, 4 de julho de 2009

Hi stranger



Cinco horas. Cinco horas que me fizeram esquecer todas as outras. As outras em que me torturei e em que me senti MUITO bem. Cinco benditas horas. Frases como 'i feel kinda sad disconnecting' ou 'kisses, hyviä unia, oman kullan kuvia' me fizeram sorrir. Nessas cinco horas eu só pensei nele, e nas tatuagens. Pode parecer estúpido, MUITO estúpido, mas ele me fez lembrar alguém... Um alguém de quem eu havia me esquecido... Sim, ele me fez lembrar de mim. De mim nos bons tempos, e nos ruins também. Um poliglota fascinante, é o que ele é. O cara que beira a perfeição, conversa incrível, aquela. Cinco benditas horas falando de jogadores, palmitos, nomes, problemas, qualidades, defeitos, mais palmitos e desejos, sonhos. Cinco horas foram o bastante pra eu me esquecer de todo o corinthianismo, todo o carioquismo, TUDO.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Que me tirem outro pedaço do coração, novamente. O maldito costume da tragédia. Eu perdi, realmente, o rumo das palavras, das ações, perdi o rumo. De qualquer forma, eu deveria escrever pra esquecer, e tudo isso só me faz pensar mais... Eu vou abandonar essas malditas paixões, essas malditas vontades, porque não adianta, eu não nasci pra fazer a diferença pra ninguém.


Agora está tão longe ver a linha do horizonte me distrai. Dos nossos planos é que tenho mais saudade, quando olhávamos juntos na mesma direção. Aonde está você agora além de aqui, dentro de mim?

domingo, 28 de junho de 2009

Beauvoir.

Quarta-feira, 23 de julho de 1947.

(...) Nós nos amamos através de lembranças e esperanças, através da distância e das cartas. Conseguiremos fazer deste amor um sentimento humano, vivo e feliz? É preciso. Acredito que conseguiremos, mas não será fácil. Nelson, eu o amo, mas será que mereço seu amor, já que não lhe dou minha vida? Eu tentei explicar porque não posso dá-la. Você compreende? Não guardará ressentimentos? Não guardará nunca? Você acreditará sempre, apesar disso, que é realmente amor o que sinto por você? Talvez eu não devesse levantar estas questões, me faz mal exprimi-las tão brutalmente. Mas, mesmo assim, não posso evitar, é a mim mesma que coloco essas questões. Não quero mentir para você, dissimular o que quer que seja. Se estou perturbada há dois meses, é porque uma dessas questões me obceca o coração e me faz sofrer: é justo dar uma parte de si, sem estar pronto a dar tudo? Posso amá-lo e dizer-lhe que o amo sem ter a intenção de lhe dar toda a minha vida, se você a pedir? Você me odiará um dia? Nelson, meu amor, seria mais fácil para mim não levantar esse problema, seria fácil porque você não o fez. Mas você dizia tão gentilmente que não poderíamos jamais nos mentir ou calar um diante do outro. Eu não suportaria nenhuma má intenção, de decepção, de rancor entre nós. Agora está feito, está escrito. Não responda se não tiver vontade, conversaremos a respeito quando nos encontrarmos. Você se lembra que uma vez eu lhe disse o quanto o respeitava: foi esse sentimento que me levou a escrever esta página. Eu não estou dizendo que você exige a minha vida, mas apenas isto: não sabemos o que acontecerá quando nos revermos, tudo o que sei é que, aconteça o que acontecer, eu jamais poderei lhe dar tudo, e sinto-me constrangida quanto a isso. Oh, querido é infernal estarmos afastados e impossibilitados de nos vermos, quando falamos de coisas tão importantes. Você percebe que é por amor que tento falar a verdade, apesar de tudo, e que isso revela mais amor do que simplesmente dizer “eu o amo”? Você percebe que quero merecer o seu amor tão intensamente quanto eu o desejo? Leia isso com um coração amoroso, imaginando minha cabeça no seu ombro. Talvez minha carta pareça pueril, ainda mais porque digo o que você já sabe. Não pude me privar de escreve-la esta noite, nosso amor deve ser verdadeiro. Precisamos conseguir nos reencontrar. Minhas expectativas, eu as coloco tanto em você quanto em mim. O que quer que você pense, beije-me muito forte.

Sua Simone.


Simone de Beauvoir... Que textos, que sentimentos, que mulher. Se eu fosse um quarto do que ela foi, eu seria um pouco mais completa, um quarto completa. Mas enfim, foi isso. Foi isso exatamente que eu senti... Dei uma parte de mim, sem estar disposta a dar tudo. Foi exatamente isso. E fui chamada de estranha, de fria. Talvez o tenha sido. Mas eu digo que foi amor demais.

terça-feira, 23 de junho de 2009

No tempo em que comemoravam o dia de seus anos.

A última lembrança que tenho dele é de sua posição no banco de madeira logo em frente a porta de vidro e ferro. A cabeça baixa, os olhos entreabertos, a feição velha, triste e cansada. É a última coisa que vi em seus olhos, cansaço... E naquele dia eu chorei. Porque não era apenas meu vizinho, nunca o fora. Era ele, um retrato do que eu temo ser, e do que eu gostaria de ser. A esclerose me assusta, mas, de fato, parece algo melhor do que ser lúcido, às vezes. Foi a última coisa que vi em seus olhos cansados e não muito abertos, palidez. E eu ainda me lembro de ouvir sua voz alta ecoando na escada, a qualquer hora do dia. É, o silêncio dói mais do que muito, agora. A voz, os poucos fios de cabelo, os olhos, a pele, as mãos, a postura. Que descanse em paz, meu bom camarada, do senhor, eu não me esqueço.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Cansaço. É a única palavra que me vem a cabeça. Às vezes o verbete 'raiva' aparece, e dá uma flutuada. Algumas onomatopéias, o hahahá.... Mas cansaço é mais constante. As 'provas' só me provaram que eu sei pouco, ou, ao menos, muito menos do que muita gente. Me provaram que sou frágil, e que, realmente, 'não aguento dez minutos de porrada' com a biologia, a geografia, a história, o inglês, as redações, e nem com a matemática. Me provaram que sou frágil. Cansaço. O pior cansaço, com certeza, é o que vem, agora, acompanhado da raiva. Porque só as provas, as provas só me provam, com falta de exatidão, o que eu deveria ser, e não sou. A raiva não. Esta, me provou o que eu sou. Fria e calculista. Ou pior, muito pior. Só fria, sem a capacidade de medir ou calcular nada. A frieza estúpida, que não arquiteta nada. É o cansaço, a raiva. As onomatopéias salvam, com certeza. O hahahá mais caloroso do que minha falta de cálculos, o cof cof mais saudável do que minhas cólicas diárias, o piiiiiir mais afinado do que meus gritos que imploram atenção. É o cansaço. A única palavra que habita meu corpo. É, é o cansaço.

domingo, 7 de junho de 2009

Outro dia li em um blog, do único cara que comenta aqui, porque teve o azar de achar essa droga, algo sobre 'um motivo pra sorrir', e achei, sinceramente, utópico, distante, no meu caso. Talvez não seja... Talvez eu tenha descoberto em alguém antigo, alguém passado, o meu motivo pra sorrir... É carinho demais, e eu não mereço tanto... Pode parecer bizarro, o meu pessimismo... E é, mesmo... Mas é só pra mostrar que eu não sou sempre estupidamente deprimida... Que a dose de Alvares de Campos presente em mim se mistura com a fração Camões... E é realmente só o amor que conhece o que é verdade, e que quer o bem, e não o mal... Enfim.

terça-feira, 2 de junho de 2009

O lado menos gay.

Hoje tive uma aula de hipocrisia. De hipocrisia, de preconceito deslavado. Hoje tive uma aula digna de soneca. Ela diz que não gosta de vizinhos pobres, eu digo que a pobreza dela é maior do que todas as outras. Ela diz que o Brasil é uma droga, eu digo que a droga quem faz é ela. Ela diz que a Europa é incrível, eu digo que lá eles também não descobriram a igualdade. Eles dão risada de cada nazi-palavra. Eles riem de desgraças, desgraças que ela monta. Ela fala das cabeças raspadas, ela se veste com uma colcha de retalhos (de preconceitos). Eles riem da suástica, sem saber o que isso significa. Eles fazem a tragédia, eles criticam a si mesmos, sem saber. E eu? Eu, tenho uma aula de hipocrisia, do que não ser, de preconceito deslavado, recheada de suásticas e risadas pálidas, ou não. E eu? Eu nunca, eu nada.

De qualquer forma, PRÓ-GRÊMIO moçada! Se tão esperando que eu vá atrás, eu vou... Tudo para dar mais voz ao povo... Mesmo que o povo seja esse povo, esse povo da escola...

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Um tempo melhor, pra mim. Não, eu não me sinto 100%, ainda falta uma coisinha ou outra ficarem no lugar, ou fora dele, mas no geral, um tempo melhor, pra mim. Aquilo que é real, mas não é normal, ou sei lá como, é ótimo pra mim. Nem que venha sempre acompanhado de um 'Timão eô' ou 'você sempre perdia pra mim'... Porque eu sei que depois virá um 'eu procurei seu celular por bluetooth várias vezes' ou 'eu torci pro seu time'. É, é um amigo e tanto, mesmo. Ou não... De qualquer forma, faz um bem da-na-do. Mais do que o bem anterior, talvez. Porque parece mais sincero. De qualquer forma, os textos bem escritos (ou não) e um pouco deprimidos, vão ficar pra trás, eu acho... Eles precisam dar lugar aos textos não tão bons e um alegres, brilhantes. Porque os bons tempos chegaram, e com ele, a cólera de uma paixão estúpida, e a paixão pela paixão estúpida.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Sem fome de comida, ou sede de água. A falta aqui é da naturalidade, do dia-a-dia. Não, não falo, dessa vez, de relacionamentos muito próximos, porque esses estão melhorando. O fato é, não há naturalidade em mais nada, além disso. Eu te amo não significa bem o que deveria. Nada nunca vai mudar é mais finito que qualquer segmento de reta. Para sempre acaba ontem, agora, hoje, sempre. Nada é natural, literal. Eu só queria que o 'meu tipo de pessoa' fosse o mais natural, ao menos, ou pelo menos 'fiel'.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

O tal mal necessário.

É aquela minha velha necessidade (estúpida, diga-se de passagem), de me apaixonar. E acho que já citei isso, algum dia... Aquela necessidade, estúpida, que reaparece, como se nunca tivesse ido (e, de fato, não foi). Aquela necessidade, que acaba com qualquer tentativa de não me importar, de ser essencialmente egoísta. E aí, como se não bastasse a necessidade surgir, vem com ela o fato necessário, e vem com ela o medo. E dessa vez, não é medo de ficar presa, é o medo de não prender... É a falta de garantia, de reciprocidade, falta de falta de distância, falta de falta de saudade. É o medo, que, dessa vez, é diferente de todas as outras, é um medo mais estúpido do que a necessidade, porque tudo isso é estupidez... É estupidez de menininha de 12 anos, que nunca se apaixonou. É estupidez... Como se eu não fosse caleijada, ou o fosse demais... Mas ainda assim é a falta de sentir, é o sentir falta de sentir. Mais uma vez, é o medo. Mais uma vez é a distância. É, de fato, de novo, o erro, o engano. É a velha necessidade de me apaixonar.

"E dessa vez eu sonhei com ele, quando eu não devia mais, não precisava mais, eu o fiz. Eu sonhei com ele. E foi o melhor sonho. Melhor do que quando foi real. Eu sonhei com ele. Talvez fosse o frio, a carência. Mas foi só agora, e depois de muito, que eu sonhei com ele."

sábado, 9 de maio de 2009

Sobra de (sentir) amor, e falta de (receber) amor. É sobra, falta, é anulação de amor.
Eu não me entendo mais, não entendo nada. Não sei o que eu queria, nem porque não foi o bastante, só sei que não foi. E agora, a falta do que eu não sabia do que era, vai ser falta de um só, daquele mesmo um, como há um ou dois anos. O desejo de indefinido, se tornou o desejo dos campos, ou de Campos, que seja. E é só amor, agora, não é mais dúvida, não é mais nada. É tanto, e tão pouco, que exige que eu extrapole. Não é mais um sorriso e alguns fios de cabelo fora do lugar, é a bagunça capilar, é o maior sorriso 'pra mim'. Não é um cara, não é mais uma paixão, não é nem dúvida. É um problema, um amor, uma droga.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Futebol. Emoção. Santos Futebol Clube. Paixão. Fábio Costa. Inspiração.
Palavras superavulsas. Enfim. É só amor! :D

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Please don't be long.

Eu queria que não demorasse muito pra me apaixonar de novo. Digo, não por um menino, mas por algo... Algo que me fizesse sorrir por dias, semanas... Assim como alguns meninos já o fizeram, alguns do Brasil, outros de Liverpool, mas o fizeram. De qualquer forma, eu queria amar algo como era no começo, com o cinema, os Beatles, enfim, como já foi. Talvez assim, o vazio em mim se preenchesse, e eu não sentisse enjôo ao não comer nada, ou ao comer o bastante. De qualquer forma, eu vou seguindo, com receios, medos, e falta de vontade...
Sem 'flash backs' hoje.


"Here comes the sun, here comes the sun, and I say it's all right. Little darling, it's been a long cold lonely winter. Little darling, it feels like years since it's been here. Here comes the sun, here comes the sun, and I say it's all right. Little darling, the smiles returning to the faces. Little darling, it seems like years since it's been here. Here comes the sun, here comes the sun, and I say it's all right. Little darling, I feel that ice is slowly melting. Little darling, it seems like years since it's been clear. Here comes the sun, here comes the sun, and I say it's all right. Here comes the sun, here comes the sun, it's all right, it's all right."
The Beatles.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Um dia importante.

Chorar um pouco, ouvir vozes, risos, era disso que eu precisava. Não que eu tenha esquecido, longe disso, eu acho. Mas me entendi melhor, eu acho. Não preciso de todas as atenções, uma me basta. Não preciso sempre tentar fazer o bem pros outros, o bem pra mim é uma boa, às vezes. E é isso... Eu devia estar estudando/escrevendo, mas eu dependo disso aqui, já... De qualquer forma, o que eu puder fazer pra ajudá-lo, eu faço. Desde que não me machuque...


"Adriane Galisteu. É, exatamente isso. Programa estúpido, diário, que ocupava tardes ocupadas. Adriane Galisteu e suas ligações. Tentar adivinhar tudo, não tinha a mínima graça. A risada vinha de mais perto, a vontade de rir não era por causa de telefonemas ou celebridades falidas. Nada daquilo era completo, nem completava. O que fazia feliz, o que fazia rir, era a pessoa ao lado. A pessoa que me dava colo. Aqueles olhos azuis, olhando ora pra televisão, ora para os meus olhos. Aquilo sim era gracioso. As malditas roupas da loira na TV, as ligações de lugares inexistentes, aquilo era um pretexto. Um pretexto pra rir, exageradamente, pra exaltar tudo o que eu sentia, sem parecer ridícula. O que eu não sabia, é que tentando não parecer ridícula, eu era ridícula. E, com certeza, se eu pudesse voltar eu não largaria aquela mão, não pediria pra não explicitar. Seria eu, com ele, e só. Mas nada volta, e andar, pra frente, é o aconselhável, e o que está ao alcance."

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Uma recaída, talvez.

Enfim, eu tinha escrito um texto gigantesco, mas perdi tudo. Retomando.
Eu tava realmente bem, até aquele telefone tocar. E ele me pedir pra voltar. Bom, o Ryan já disse que eu não devo me sentir culpada, e minha mãe também. E eu não quero MESMO me sentir culpada. Mas e a dor? E a dor de ouvir alguém falando que não consegue nem estudar, pra prova da vida dele por minha causa? E a dor de ouvir, da boca dele, o fardo recair sobre mim? A dor é muito maior do que qualquer razão... Eu vou esquecer, eu tenho certeza disso. Mas e ele? E se todo esse drama não for só um drama, e se for de verdade? De qualquer forma eu quero, realmente me focar no que eu preciso... Eu quero, e eu vou.


"'Eu te amo, Lú'. Essas palavras, acompanhadas de um encostão na mão, um sussurro quente ao ouvido. Essas palavras que eram ditas como se fossem segredos impublicáveis, segredos que devessem ser guardados a sete chaves, ou mais. Palavras com ditas com ênfase em 't' e 'am'. O melhor de tudo, no dia, era me abaixar para pegar o apontador. Isso porque, quando isso acontecia, eu era 'surpreendida' constantemente por um 'eu te amo, lú', com todos aqueles adjetivos já citados. Era a melhor surpresa do dia. E ouvir aquele 'lú, eu te amo', mudava tudo, com toda a certeza. Talvez eu quisesse mudar tudo, voltar no tempo, e ouvindo o sussurro, o calor, a mão, eu poderia dizer, sem medo de parecer ridícula (ou apaixonada demais - o que, de fato eu era, ou sou) 'eu também te amo, meu tesouro'."

domingo, 12 de abril de 2009

Chegay

Bom, depois de uma boa viagem pra Curitiba, uma visita legal à Arena, e uma ÓTIMA vitória em cima do Parmera, eu volto pra São Paulo. Ótimo, péssimo, previsível. Enfim, conversar com ele sempre causa esse efeito, eu acho. Ele me pede, eu tenho vontade de dizer que sim, acabo dizendo que não, e blá blá blá. Mas eu tenho que ser forte, porque dizer que sim, agora, ia mudar tudo, ia me fazer mal, eu sei disso... Então, tudo o que eu tenho que fazer é procurar abrigo, procurar colo, procurar ombros... E é o que eu vou fazer, amanhã, ES-QUE-CER (ou tentar)!


"'Eu não vou lá, vou andar por aí', 'Ah, eu vou com você, então! Pra onde a gente vai?', 'Pô, vamo alí pra piscina, conversar'. E foi mais ou menos esse o diálogo, do que não parecia importante, e talvez não tenha sido. De todos os que 'passaram' pela minha vida, esse, talvez, tenha sido um dos mais rápidos e mais interessantes. Demorou uns dias pra me fazer olhar pra ele, e fez de tudo, e direitinho. Jogou cartas com minha avó, conversou com minha mãe, e me fez não parar de olhar pra ele, até sexta-feira. E na sexta eu fui vê-lo jogar, e na quinta ele me fez lembrar daquele banco pra sempre. Eu sei que não foi nada demais, foram só um ou dois beijos. Mas ele foi o segundo, o que pouco importa. Mas foi o primeiro que não machucou, e não machucar foi o que ele fez de mais importante. Aquela lua, aquele banco, a piscina coberta, eu, ele, as conversas. É tudo o que eu me lembro."

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Mais um começo.

Dessa vez eu vou levar a sério, isso. Porque tem coisas que eu realmente quero escrever, e acabo não sabendo aonde, nem como, e fico um pouco constrangida.
De qualquer forma, eu queria falar de problemas sérios, problemas típicos, e lembranças.

Hoje eu vou dormir tentando não pensar em nada, o que vai ser muito difícil... Não pensar nele, nem no que poderia ter sido vai ser complicado. Não pensar no meu passado vai ser difícil. O fato é, eu não devo pensar... Eu não devo pensar no que seria se eu tivesse dado uma chance pra mim. Não devo pensar no que seria se eu tivesse dado uma chance pra ele. Eu tenho que parar de pensar. Quando eu estiver pronta, eu penso de novo!


"E naquele dia, um calor infernal. Uma centena de estudantes, um churrasco. A música alta, batendo forte dentro da minha cabeça. E eu já não aguentava mais. Tudo o que eu queria dizer era 'eu te amo'. Eu só pude me sentar, e esperar. E esperei. E tudo aconteceu, tudo mesmo. Tudo o que parecia ótimo, por momentos, se tornou péssimo, a longo prazo. Aquela viagem, que deveria ser perfeita, pra mim, não deixou de ser, até eu saber que não tinha sido, nem perfeita, nem perto disso."