domingo, 31 de outubro de 2010

É essa a minha relação com a democracia: amor e ódio.
Ódio, por ver tantos desmerecedores dessa conquista que custou vidas, custou sanidades - não falo dos eleitores de candidato X, ou Y; falo dos eleitores que votaram sem ideais. Amor por isso, por permitir a sensação de satisfação em eleger um candidato - que aos 45 do segundo tempo me convenceu de que não era a menos pior, é qualificada - por permitir que oposição e situação se confrontem, com debates livres e calorosos.
É uma relação de ódio e de amor; é a sensação de votar no tempo, de ouvir o Lula-lá na cozinha, de perceber meus pais engajados em uma campanha por um país melhor. É a sensação de votar no certo, na mulher, na garra, na presa política, torturada, que salvou camaradas com mentiras; é a sensação de sê-la.
No começo das eleições não acreditava em Dilma, hoje só não acredito nas alianças... Mas isso a democracia e a revolução derrubam com o passar do mandato da mulher!

sábado, 30 de outubro de 2010

Não foi o que prometemos, nem o que imaginamos. O que me consome é o medo da dor, não a dor em si. Não foi isso que prometemos.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Qual a maldita graça em achar um culpado? As coisas - necessariamente - devem recair sobre alguém. Deve haver uma culpa, mesmo que você saiba que seja sua, os outros tem que te mostrar que a culpa é sua? Qual é a graça em apresentar para o culpado que ele é culpado? Daonde vem essa vontade sádica de ver um ser se destruir nesse sentimento maldito: a culpa?

Tempo, noite, luzes.

As cores do céu ainda me intrigam. É tudo, a falta de forma, de tempo, de espaço. A falta de conhecimento me intriga - e enquanto isso os jovens-hegelianos e a histórias das mulheres (de espaço e tempo bem definidos) me aguardam.
Mas olha pra isso, olha pra essa imensidão que nos circunda. Ela está ali, acima e abaixo de nossos pés. Talvez vendo assim nós sejamos o centro do infinito (sim Vic), acima de nós, a infinitude do universo; abaixo, mais infinito; dos lados, a frente. Não há direção a partir de nós que não seja um começo de infinito.
É essa imensidão quase mensurável que me apavora, e me faz querer mais - querer mais do infinito, que absurdo!.
E olha pro céu, ele está ali (ou não) observando tudo, sem ciência, sem exatidão, sem contas. Ele faz o que eu queria - agora -, existe, e só.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010


Olhe pra eles, todos em volta de um astro de luz própria, dançando harmonicamente. Eles ali, todos em um compasso tímido, sem a exatidão dos antigos, sem o caos dos jovens; eles ali tão distantes uns dos outros, com órbitas tão matematicamente complexas - as matemáticas que amedrontam os universitários. E eles estão ali, dançando ao redor do astro, sem necessidade de uma alma própria; dançam porque têm que dançar, e não conhecem os números, não conhecem a matemática integral, não conhecem os amantes que dançam sobre eles - com uma falta de exatidão extrema. Estão todos ali, em sistemas semelhantes, em cálculos aterrorizantes, sem medo de nada. Porque eles fazem o que devem fazer; e fazem porque fazem, porque corpos atraem corpos, e as coisas são assim. É magnetismo, é força. É a obrigação mais física, matemática, concreta e apaixonante. Porque é o tudo, e deve ser o nada.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Não quero ser igual à ele, não quero mesmo.
Quero ser importante; mas isso fica pra depois: o essencial é ser presente. E presente não é estar em todo lugar, para os outros; é estar aqui, pra nós. Que eu seja mais importante pra quem está ao meu redor, e se sobrar um pouco de mim, me divido entre os mais distantes.
Não quero ser igual, quero ser eu.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

As mãos aflitas, empunhando aquela... arma.
Elas sabiam que aquilo poderia arruiná-las, por isso o fizeram.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Um não; um se; um sim. Um sim; um se; um não.

Devaneios de uma produtiva aula da melhor matéria do quadrimestre. Eu preferia que fosse a pior, mas a droga da prograd nem pra ajudar.

A música que a Vitória me mandou há um tempo não para de tocar aqui háha. E eu nem sei se gosto exatamente dela, mas não sai da minha cabeça, não para de sair da minha voz. Estranho.. Engraçado...

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Eu não sei o que tenho;
não sei o que quero;
só sinto que preciso de nada.
Eu enjoei dos meus textos tristes, repetitivos e com conteúdo quase mórbido. Porém, não sei escrever de outra maneira - não que saiba dessa. Então, tudo o que escrever a partir de agora ou continuará triste, ou será mais nojento e desafinado do que tudo que já escrevi...

-minha cabeça não funciona, sinto que vou explodir. o que aconteceu ficou martelando, ficou martelando.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O cosmos, a vida, o ser, um dia.

A vida é frágil.
Os sorrisos se vão, a piada passou a não ser mais engraçada, o céu parece menos ensolarado. Afinal, já reparou como o céu é imenso? Como vemos uma fração tão pequena e irrelevante de um ser tão grande que é o cosmos? A vida é tão frágil quanto as teorias sobre o cosmos; e tão linda quanto ele. Não são os abraços, os sorrisos que faltam pra que a beleza da vida seja vista por todos os olhos, todas as mentes; são as intenções, as intenções de um 'olá', ou de um 'adeus'; são as intenções (combinadas com os pequenos atos, pode ser) que fazem a vida tomar forma, tomar cor.
A vida é frágil como as mentes dos gênios; a vida é tanto, que é pouco.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Nossa conversa me deu medo, meninas. Nossa conversa e a televisão.
Vejo o tucano subindo, o governo da nação sendo privatizado aos poucos. Vejo a educação piorando a nível nacional, a mão-de-obra barateando, as diferenças sociais crescendo exponencialmente. E eu tenho medo de um governo assustador tomar o poder; um governo de opressão maliciosa, que não se deixa descobrir; um governo de seres mecânicos. Vejo a necessidade de fazer algo, vejo minha impotência.

E tenho dito, se o partido SDB haha ganhar eu vou atuar MESMO em qualquer coisa, extremo mesmo hm

sábado, 9 de outubro de 2010

give peace a chance.


Ah, Chapman! Se não fosse por você, e se o destino não tivesse reservado nada para o músico mais incrível aos meus ouvidos e sensibilidade, hoje ele teria 70 anos.
E teriam sido setenta ótimos anos. Ele teria visto tanta coisa, feito tanta coisa, cantado tanta coisa.
Ah, Chapman! Se não fosse você, hoje eu talvez pudesse ouvir meu ídolo cantar. E parece um vício esquecido. Mas não tem como não vibrar ao ouvir essa voz, essas letras... Porque ele, ele foi um sonhador, um sonhador que inspirou outros sonhos...

- post feio haha, mas não sei escrever, nem ligo... -