terça-feira, 14 de abril de 2009

Um dia importante.

Chorar um pouco, ouvir vozes, risos, era disso que eu precisava. Não que eu tenha esquecido, longe disso, eu acho. Mas me entendi melhor, eu acho. Não preciso de todas as atenções, uma me basta. Não preciso sempre tentar fazer o bem pros outros, o bem pra mim é uma boa, às vezes. E é isso... Eu devia estar estudando/escrevendo, mas eu dependo disso aqui, já... De qualquer forma, o que eu puder fazer pra ajudá-lo, eu faço. Desde que não me machuque...


"Adriane Galisteu. É, exatamente isso. Programa estúpido, diário, que ocupava tardes ocupadas. Adriane Galisteu e suas ligações. Tentar adivinhar tudo, não tinha a mínima graça. A risada vinha de mais perto, a vontade de rir não era por causa de telefonemas ou celebridades falidas. Nada daquilo era completo, nem completava. O que fazia feliz, o que fazia rir, era a pessoa ao lado. A pessoa que me dava colo. Aqueles olhos azuis, olhando ora pra televisão, ora para os meus olhos. Aquilo sim era gracioso. As malditas roupas da loira na TV, as ligações de lugares inexistentes, aquilo era um pretexto. Um pretexto pra rir, exageradamente, pra exaltar tudo o que eu sentia, sem parecer ridícula. O que eu não sabia, é que tentando não parecer ridícula, eu era ridícula. E, com certeza, se eu pudesse voltar eu não largaria aquela mão, não pediria pra não explicitar. Seria eu, com ele, e só. Mas nada volta, e andar, pra frente, é o aconselhável, e o que está ao alcance."

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