quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Tempo. Às vezes eu queria que ele não passasse... Queria que ele parasse, que me esperasse...

Eu queria não entrar no carro, hoje; não que chegar em casa seja ruim, pelo contrário... Mas acho que meu ciúme me consome... O tal ciúme me faz muito mal, eu sei; chega agora a ser uma doença...

Eu, logo eu que sempre condenei tal sentimento, que sempre achei esse sentimento de posse uma porcaria, um problema digno de psiquiatra...

Bom, hoje eu vi que tenho esse problema bem visível...

Quem sabe eu não deva ser o motivo de orgulho da família? Bom, estudar das 7h às 18h não é ralar... Passar da primeira fase não é nada, já que cheguei aos 17 sem receber um salário... Talvez eu não seja o orgulho da família...

Começa que meu pai começou a trabalhar "aos 12 anos", quando ele veio "do Mato Grosso pra São Paulo sozinho... No nosso tempo era assim, né?"... Pois é, no tempo de vocês era assim, talvez pra alguns ainda deva ser...

Talvez eu ainda possa ser o orgulho da família... Eu tenho minha mãe, que se orgulha, seguramente de mim... Mas, segundo o meu horóscopo eu como boa libriana gosto de agradar a todos, não?

Eu já falei sobre essa droga com minha mãe, com minha irmã e com meu namorado, e me sinto cada vez mais envergonhada por sentir isso... Mas não dá, não dá pra não sentir...

Quando eu vejo os olhos dele perdidos, falando sozinhos; e quando vejo os olhos do outro, fugindo de qualquer relação "olho no olho", bom, eu não sei o que acontece...

Deve ser o pior sentimento que já senti, porque eu sei que to errada, eu sei que não é o que parece... Mas parece, e é inevitável concluir algo...

Ah, o tempo... Quantas vezes eu implorei que ele parasse... Se ele parasse hoje, naqueles braços, naquela casa... Se ele parasse quando eu pedi talvez ele não pararia agora...

É, tempo, chegou a hora de você passar... Então... Passe logo!

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